27 de agosto de 2009

Embalagem vende tanto quanto o próprio produto

Associação Brasileira do setor premiou nesta quarta-feira, em São Paulo, os melhores projetos como a embalagem da Sadia para uma fatia de pizza e uma linha completa de produtos de higiene para crianças da Natura.
Você vai ao supermercado com a lista de compras que alguém fez sem anotar marca, preço, tamanho ou qualquer outra coisa. Qual xampu pra cabelos secos você escolhe? Qual iogurte de morango? Qual garrafa de água mineral? Certamente, o primeiro impulso é pegar a embalagem com melhor apelo visual, maior número de informações úteis e com uma excelente conveniência na hora de usar.

Mais do que chamar a atenção do consumidor, é notório que um bom planejamento gráfico, um rótulo informativo e um formato inovador demonstram qualidade do produto e conferem credibilidade e seriedade à empresa.

Muitos fabricantes usam, muitas vezes, a embalagem como a única forma de promoção junto ao consumidor. “Hoje mais de 90% dos produtos no mercado não têm apoio de mídia. Ou seja, eles dependem basicamente da embalagem para serem vistos e comprados pelo consumidor”, afirma Luciana Pellegrino, diretora executiva da Associação Brasileira de Embalagem (Abre). Luciana salienta também que o consumidor contemporâneo não dissocia o produto da embalagem. Mais do que um meio para ele usar o detergente líquido ou para transportar uma porção de ervilhas em conserva, a embalagem tornou-se parte da compra. Ou seja, eles preferem uma marca em detrimento da outra em razão da forma como o bem foi embalado. “No caso dos bens de consumo não duráveis, as pessoas olham produto e embalagem como um único componente em razão das facilidades que ele proporciona”, diz a diretora executiva da Abre.

25 de agosto de 2009

Embalagens brasileiras premiadas pela Disney


“The Walt Disney Company” promove anualmente o prêmio “Global Compelling Product Contest”, onde os projetos de produtos regionais que mais se aproximam dos personagens da Disney, por meio de formatos ou embalagens, são indicados a um júri global. Neste ano, a Hydrogen, marca integrante da SS Cosméticos, do Grupo Silvio Santos, conquistou o prêmio “Global Compelling Product Contest” pelas embalagens das linhas Hydrogen Disney Baby e Kids. A embalagens Hydrogen têm formato do Mickey Mouse, personagem mais conhecido da Disney. “A criança e a mãe identificam o Mickey à distância, pela embalagem. Esta proposta vai guiar todos os novos desenvolvimentos da empresa nos próximos três anos”, diz o diretor da unidade de negócios da empresa, Paulo Eduardo Lara Campos.

13 de agosto de 2009

O poder da Embalagem


Cores mil, design diferenciado ou famosos personagens estampados. Mais que abrigar produtos, as embalagens hoje encerram verdadeiras estratégias de marketing para atrair e fidelizar o consumidor.

Entre tantas cores e formatos que saltam aos olhos de quem passeia entre as prateleiras dos supermercados, elas têm que ser imponentes, convidativas, sedutoras. Sozinhas, as embalagens assumem a responsabilidade não só de chamar a atenção, mas o bolso, as mãos, o carrinho e, de quebra, a fidelidade de quem paga. Nesse jogo de sedução, o apelo de personagens carismáticos estampados nos pacotes e frascos tem convencido muita gente. Se as campanhas publicitárias atraem os consumidores até os pontos de venda, são as embalagens dos produtos que, muitas vezes, determinam escolhas na hora da compra. “A importância da embalagem é a mesma da roupa para as pessoas. Ela reflete quem você é. Assim, a embalagem esconde e revela o produto, numa dualidade que transcende a questão da compra”, explica o publicitário Eduardo Odécio, da Síntese Comunicação e Marketing. Dessa forma, as embalagens abrigam - além de produtos, claro - verdadeiras estratégias de marketing. Percebida como ponto de contato direto com o consumidor, ela estampa jogos, informações nutricionais, promoções e brindes que agregam ainda mais valor ao produto. Agora, uma jogada infalível (se bem explorada) é a utilização de personagens próprios ou licenciados que mexem com o emocional das pessoas. Personagens Não é raro vermos uma criança implorando à mãe pelo macarrãozinho da Turma da Mônica ou pelo xampu do Bob Esponja. Ou ainda quem escolha levar o amaciante com um ursinho fofo no pacote em vez do outro com a simples logomarca impressa. Segundo o diretor da Packing Design, o personagem empresta sua reputação à marca, sendo indiscutível o poder apelativo deles, principalmente, com o público infantil. Mas o diretor ressalta a importância de se criar ou adotar personagens que interajam com o consumidor, seja nas campanhas publicitárias, seja em ações de interatividade na internet, por exemplo. “A internet é uma ferramenta muito legal para se trabalhar personagens. A (marca de cereais) Kellogg’s sempre trabalhou muito bem o tigre Tony, com jogos no Internet e comercias na TV”, exemplifica Vardo. Para o diretor, o apelo por personagens vêm crescendo no ramo de cosméticos, mas o setor alimentício é o que mais explora essa estratégia, principalmente os licenciamentos.


As mais lembradas 1. Embalagem do amaciante Fofo

2. Toddynho. Foi o segundo mais lembrado

3. Leite Moça


Luar Maria Brandão



Nota: a embalagem estampada acima foi desenvolvida pela Agência Comtato, para a Xalingo Brinquedos, que utiliza diversos personagens licenciados em sua linha, como Bobo Esponja, Homem Aranha, Menino Maluquinho e Turma da Mônica.

6 de agosto de 2009

Consumidor brasileiro está mais consciente


Cerca de 70% dos consumidores consultam o prazo de validade, 82% lêem rótulos de produtos e 52% verificam as calorias.

O consumidor brasileiro está cada vez mais consciente e antenado. Neste contexto, o mercado de embalagens precisa ser cada vez mais inovador e trazer conceitos diferenciados, sem esquecer das peculiaridades de cada público, revela pesquisa da Latin Panel para a Associação Brasileira de Embalagem (ABRE). Uma das tendências mais notáveis nos hábitos do consumidor apontada pelo estudo é a crescente preocupação com a saudabilidade. Quase um quinto das donas de casa, 22%, afirmam decidir suas compras com base na preocupação com a saúde e o meio ambiente. Pouco menos que três quartos delas, 72%, consultam o prazo de validade, 82% leem rótulos de produtos, 59% procuram produtos com baixo teor de gordura e colesterol e 52% verificam as calorias dos produtos. Além disso, 93% das famílias valorizam empresas que praticam programas de responsabilidade social. De olho na forma Na hora de escolher os produtos, a pesquisa mostra que o consumidor brasileiro quer embalagens multipack com preços menores. Atualmente, são somente as classes mais altas que acabam optando por esse tipo de embalagem. Dos entrevistados, 94% gostariam que as embalagens de alimentos fossem mais fáceis de serem guardadas uma vez abertas e 69% dos domicílios com três ou mais familiares que houvesse mais oferta de embalagens maiores. Hoje, os produtos mais vendidos em embalagens familiares são sabão em pó, creme dental, salgadinho, cereal matinal e refrigerante. Para o futuro Segundo o estudo feito pela Latin Panel, o mercado de embalagens tem atualmente grandes oportunidades de crescimento para embalagens voltadas ao público de baixa renda e infantil. Outro nicho a ser explorado é o de embalagens menores para atender mudanças em grupos sociais: as famílias ficaram menores nos últimos anos, o número de solteiros vivendo sozinhos aumentou e os idosos estão mais independentes e moram sozinhos - e não mais com a família. Embalagens refil também começam a entrar em alta, assim como as econômicas, que no caso do achocolatado já detêm 30% do mercado, por exemplo.


Fonte: Época online

3 de agosto de 2009

A embalagem "é tudo"

Ninguém duvida que a embalagem ocupa um papel importante em nossas vidas, pois estamos o tempo todo em contato com ela. Quando abrimos o armário da despensa, elas estão lá, na geladeira, nos bares e restaurantes onde entramos, nas farmácias e no supermercado, então... Os sociólogos e os artistas da pop-art olharam para ela com os outros olhos, uns viram na embalagem uma importante referência para avaliar o estágio de desenvolvimento da cultura material de uma determinada sociedade e os outros viram nela uma manifestação da própria cultura.
Os profissionais de marketing fizeram dela uma ferramenta fundamental para conduzir os produtos de consumo ao sucesso num cenário competitivo cada vez mais complexo e congestionado, como o que vemos hoje em tempos de globalização. Os economistas encontram na produção e consumo de embalagens um importante termômetro para avaliar o nível da atividade econômica. E o meio ambiente agradece toda vez que os índices de reciclagem, reutilização e degradabilidade das embalagens aumentam. São muitas as implicações que ela tem em nossa sociedade, e essas utilizações vêm ganhando importância conforme a sociedade humana progride e as cidades urbanizadas crescem a tal ponto que a vida nas grandes metrópoles já não seria possível sem embalagens que conservam os produtos, pois o abastecimento diário de alimentos para populações acima de 5 milhões de habitantes numa mesma cidade é inviável tecnicamente.Os estudos científicos e o desenvolvimento tecnológico fizeram com que novos materiais e processos permitissem que alimentos durassem anos, podendo ser estocados, transportados e utilizados muito longe da data e do lugar onde foram produzidos.

Os consumidores, que são a verdadeira razão de ser da embalagem, consideram-na algo muitíssimo importante em suas vidas, chegando a ponto de não distinguir ou separá-la do produto. Para eles, a embalagem e o produto são uma coisa só, constituem uma entidade indivisível. Um item que é, segundo eles, cada vez mais relevante no processo de escolha dos produtos. Mas o título deste artigo não se refere exclusivamente ao que foi apresentado até aqui, e sim à principal conclusão obtida numa pesquisa realizada pelo Comitê de Estudos Estratégicos da Abre - Associação Brasileira de Embalagem, realizada em conjunto com a Apas - Associação Paulista de Supermercados, com supermercadistas, para conhecer a visão desses profissionais do varejo sobre a embalagem e avaliar as relações desta com o desempenho de seus negócios.A frase “embalagem é tudo” apareceu espontaneamente como principal definição dos supermercadistas para expressar a importância que eles atribuem a este componente de sua atividade.Também, não é para menos, quando entramos num supermercado, o que é que nós vemos? Os supermercadistas afirmam ainda que é a embalagem que faz o “show” no ponto-de-venda, e o design, a “atratividade”, o ponto fundamental de uma boa embalagem. Quando profissionais e empresários que estão na ponta da cadeia em contato direto com os consumidores no momento de compra, andando pelos corredores o dia todo e vendo o que acontece, afirmam que ”embalagem é tudo”, nós temos de considerar seriamente a possibilidade de eles estarem certos.Nossa recomendação, fruto preliminar das pesquisas que realizamos e das descobertas que fizemos, é a de que todos aqueles que estão envolvidos diretamente com o desenho, o planejamento, a produção e a utilização de embalagem em seus negócios e produtos, subam um grau na importância e na atenção que dedicam a este item, pois estão diante de um fator decisivo para o sucesso dos produtos de consumo e dos estabelecimentos onde esses produtos são expostos.Nós precisamos fazer mais, ir mais fundo na utilização da embalagem, pois certamente a melhor coisa que pode acontecer a um produto hoje em dia é ter uma boa embalagem.


Fábio Mestriner (fabio@abre.org.br) é diretor da ABRE - Associação Brasileira de Embalagem